quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Combate da Oração

572. Porque a oração é um combate?


  A oração é um dom da graça, mas pressupõe sempre uma resposta decidida de nossa parte, porque aquele que reza combate contra si mesmo, o ambiente e sobretudo contra o Tentador, que faz de tudo para o distrair da oração. O combate da oração é inseparável do progresso da vida espiritual. Reza-se como se vive, porque se vive como se reza.


573. Há objeções à oração?


  Além de conceitos errôneos, muitos pensam não ter tempo de rezar ou que seja inútil rezar. Aqueles que rezam podem desanimar diante das dificuldades e dos aparentes insucessos. Para vencer esses obstáculos são necessárias a humildade, a confiança e a perseverança.


574. Quais são as dificuldades da oração?


  A distração é a dificuldade habitual da nossa oração. Ela tira a atenção de Deus e pode até revelar aquilo a que estamos apegados. O nosso coração então deve voltar-se humildemente ao Senhor. A oração é muitas vezes insidiada pela aridez, cuja superação permite na fé aderir ao Senhor, mesmo sem uma consolação sensível. A acídia é uma forma de preguiça espiritual devida ao relaxamento da vigilância e à deficiente guarda do coração.


575. Como fortificar a nossa confiança filial?


  A confiança filial é posta à prova quando pensamos não ser ouvidos. Temos de nos perguntar então se Deus é para nós um Pai cuja vontade procuramos fazer, ou é um simples meio para obter o que queremos. Se a nossa oração se une à de Jesus, sabemos que ele nos concede muito mais deste ou daquele dom: recebemos o Espírito Santo que transforma o nosso coração.


576. É possível rezar a todo momento?


  Rezar é sempre possível, porque o tempo do cristão é o tempo de Cristo ressuscitado, o qual " está conosco todos os dias" (Mt 28,20). Oração e vida cristã são, por isso, inseparáveis:


  "É possível, até no mercado ou durante um passeio solitário, fazer uma frequente e fervorosa oração. É possível também na loja, ao comprarmos ou ao vendermos, ou também enquanto cozinhamos" (São João Crisóstomo).


577. O que é a oração da Hora de Jesus?


  É chamada assim a oração sacerdotal de Jesus na Última Ceia. Jesus, o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, dirige-se ao Pai quando chega a Hora da sua "passagem" para ele , a Hora do seu sacrifício.

Fonte: Compêndio do Catecismo da Igreja Católica

 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As Expressões da Oração


569. Como se caracteriza a oração vocal?


  A oração vocal associa o corpo à oração interior do coração. Até a mais interior das orações não poderia ficar sem a oração vocal. Em todos os casos ela deve sempre brotar de uma fé pessoal. Com o Pai-Nosso, Jesus nos ensinou uma fórmula perfeita de oração vocal. 


570. O que é meditação?


  A meditação é uma reflexão orante, que parte sobre tudo da Palavra de Deus, na Bíblia. Põe em ação a inteligência, a imaginação, a emoção, o desejo, para aprofundar nossa fé, converter o nosso coração e fortificar a nossa vontade de seguir Cristo. É uma etapa preliminar para a união do amor com o Senhor.


571. O que é a oração contemplativa?


  A oração contemplativa é um simples olhar sobre Deus, no silêncio e no amor. É um dom de Deus, um momento de fé pura durante o qual o orante procura Cristo, remete-se à vontade amorosa do Pai e recolhe o seu ser sob a moção de Espírito. Santa Teresa de Ávila a define como uma íntima relação de amizade, "na qual nos entretemos muitas vezes a sós com Deus por quem nos sabemos amados".

Fonte: Compêndio do Catecismo da Igreja Católica

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A Vida de Oração

2697   A oração é a vida do coração novo e ela deve nos animar a cada momento. Nós, porém, esquecemo-nos daquele que é nossa Vida e nosso Tudo. Por isso os Padres espirituais, na tradição do Deuteronômio e dos profetas, insistem na oração como "recordação de Deus", despertar frequente da "memória do coração": "É preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira". Mas não se pode orar "sempre", se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração.
2698  A Tradição da Igreja propõe aos fiéis ritmos de oração destinados a nutrir a oração continua. Alguns são cotidianos: a oração da manhã e da tarde, antes e depois das refeições, a Liturgia das Horas. O domingo, centrado na Eucaristia, é santificado principalmente pela oração. O ciclo do ano litúrgico e suas grandes festas são os ritmos fundamentais da vida de oração dos cristãos.
2699  O Senhor conduz cada pessoa pelos caminhos e maneiras que lhe agradam. Cada fiel responde ao Senhor segundo a determinação de seu coração e as expressões pessoais de sua oração. Entretanto, a tradição cristã conservou três expressões principais da vida de oração: a oração vocal, a meditação, a oração mental. Uma característica fundamental lhes é comum: o recolhimento do coração. Esta vigilância em guardar a Palavra e em permanecer na presença de Deus faz dessas três expressões tempos fortes da vida de oração.


Fonte: Catecismo da Igreja Católica

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

#Amor ao inimigo


Quando uma pessoa descobre Deus, tem de O colocar no primeiro lugar da sua vida. Assim começa uma vida nova! Os cristãos conhecem-se por amar até os seus inimigos.

Descobrir Deus não significa saber que Ele me criou e me quer, que em cada segundo me olha com amor, que abençoa a minha vida e me sustém, que tem nas suas mãos o mundo e as pessoas, que espera por mim ansiosamente, que me quer preencher e aperfeiçoar fazer-me viver Consigo pra sempre... enfim, que Ele está presente aqui, comigo. Não basta dizer que sim  com a cabeça os cristões têm de assumir o estilo de vida de Jesus. [34]

                “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. (Mt 5, 44-45)”

Porque não se canta o Aleluia na Quaresma?

Aleluia significa "Louvai Javé", e é aclamação marcada pela alegria e pela festa. O clima da Quaresma não combina com isso. O Aleluia será uma explosão de alegria na Vigília Pascal. Também o Glória é omitido na Quaresma, pelos mesmos motivos.
Todo tempo litúrgico tem cantos próprios e é preciso saber escolhê-los bem. Isso vale também para a Quaresma. Normalmente são cantos de inspiração bíblica convidando ao arrependimento, à conversão, à fraternidade. Os cantos para a campanha da fraternidade são oportunos para essas ocasiões.


* Qual a cor litúrgica da Quaresma?


A cor litúrgica da Quaresma é o roxo, um convite á conversão, a penitência e à fraternidade. No 4º domingo pode-se usar cor-de-rosa por causa da antífona de entrada, que convida: "Alegra-te, Jerusalém...". O clima de Quaresma deve transparecer também na ausência do Aleluia, do Glória e na sobriedade da ornamentação (flores) e dos instrumentos musicais para acompanhar o canto.


* Porque se costumava cobrir imagens na Quaresma?


Esse antigo costume servia para alertar os fiéis que era preciso concentrar-se no personagem central da nossa fé e razão de toda caminhada quaresmal: Jesus Cristo, na sua paixão, morte e ressurreição.


* Qual o sentido da matraca?


A matraca é um instrumento antigo. Parece que surgiu na Idade Média, como aviso da chegada da comida para pessoas confinadas por causa das doenças ou pestes. Seu uso foi estendido ao campo religioso, substituindo o toque do sino nas procissões e celebrações da Quaresma e Semana Santa. Não tem nenhuma importância, e muitas comunidades não a usam mais.


* Qual a mensagem da Quaresma?


Podemos resumi-la com frases tiradas das leituras bíblicas da Quarta-feira de Cinzas: "Rasguem o coração, e não as roupas! Voltem para Javé, o Deus de vocês, pois ele é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor..." (Joel 2,13). " Em nome de Cristo, suplicamos: reconciliem-se com Deus. Aquele que nada tinha a ver com o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que por meio dele sejamos reabilitados por Deus. Visto que somos colaboradores de Deus, nós exortamos vocês para que recebam a graça de Deus em vão. Pois Deus diz na Escritura: 'Eu escutei você no tempo favorável, e no dia salvação vim em seu auxílio'. É agora o momento favorável. É agora o dia da Salvação" (2 Coríntios 5,20-6,2). Quaresma é, portanto, tempo de conversão e reconciliação em dois níveis, com Deus e com as Pessoas, em dimensão pessoal e social. A dimensão social é reforçada a cada ano pela Campanha da Fraternidade, que geralmente nos alerta acerca de uma carência social.

Fonte: Quaresma, Páscoa e Pentecostes
Padre José Bortolini

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O que é Quaresma?

1. A palavra Quaresma vem do latim quadragesima. São os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor. O número 40 é simbólico e recorda muitas cenas da Bíblia: os 40 anos de caminhada do povo hebreu pelo deserto, os 40 dias que Moisés passou na montanha, os 40 dias da caminhada de Elias para chegar à montanha do Senhor, os 40 dias de Jesus jejuando no deserto...
A Quaresma não tem sentido isolado da Páscoa. Na caminhada quaresmal não vamos ao encontro do nada ou da morte, mas caminhamos para a ressurreição do Senhor e nossa.


2. Quando começa e quando termina a Quaresma?


Inicia-se com a Quarta-feira  de Cinzas. Por causa da mobilidade da Páscoa, também o começo da Quaresma varia de ano a ano. Algumas datas da Quarta-feira de Cinzas: 2006: 1º de março; 2007: 21 de fevereiro; 2008: 6 de fevereiro; 2009: 25 de fevereiro; 2010: 17 de fevereiro. Como foi dito, a Quaresma termina às portas do Tríduo Pascal.


3. Quando se começou a celebrar a Quaresma? 


As origens da Quaresma são antigas e estão ligadas a outros acontecimentos, como a preparação dos catecúmenos ao Batismo e a prática das penitências, muito em voga nos primeiros séculos.Já no século IV se fala de quarentena penitencial. Antes disso, nos séculos II e III, costumava-se fazer alguns dias de jejum em preparação à Páscoa.


4. A Quarta-feira de Cinzas é dia de Jejum e abstinência?


Sim. Igualmente a Sexta-feira Santa. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil diz: "A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia".


5. De onde vêm as cinzas?


São as cinzas dos ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior.


6. Qual o significado das cinzas?


A cinzas é simbolo da fragilidade e pequenez humanas. Exemplo: Gêneses 18,12: "Abraão continuou: 'Eu me atrevo a falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza' ". É um dos mais antigos sinais de penitência. O Antigo Testamento está repleto de passagens que o confirmam. Por exemplo, Jó diz a Deus: "Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, os meus olhos te vêem. Por isso eu me retrato e me arrependo, sobre o pó e a cinza" ( 42,5-6 ). Uma das fórmulas ditas pelo presidente da celebração ao impor as cinzas é esta: "Lembra -te que és pó, e ao pó hás de voltar". Isso recorda duas passagens do Gêneses.
1. "Então Javé Deus modelou o homem com argila do solo, soprou-lhe nas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivente" (2,7).
2. "Você comerá seu pão com o suor do seu rosto, até que volte para a terra, pois dela foi tirado. Você é pó, e ao pó voltará" (3,19).
A outra fórmula para imposição das cinzas é apelo à conversão e é tirada de Marcos 1,15: "Convertei-vos e crede no Evangelho".
O rito da imposição das cinzas dentro da missa substitui o Ato penitencial, e realiza-se depois da homilia.


Fonte: Quaresma, Páscoa e Pentecostes
Padre José Bortolini

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quarta-feira de Cinzas

Neste dia, inauguramos a Quaresma: 40 dias de preparação para a Páscoa. E como inauguramos? Recebendo cinzas sobre nossa cabeça. Cinzas evoca aniquilamento, destruição, humilhação, dor, morte, luto, caducidade. "Virou cinza", dizemos nós. Simboliza também humildade e penitência. Mas, porque usamos cinzas? Porque de fato somos pó!... Porém, não reduzimos a pó! Jesus ressuscitado veio fazer brotar vida de nossas cinzas. É só aceita-lo, ter fé nele, converter-se e fazer penitência, isto é, aperfeiçoar nosso viver com Deus, com os irmãos e com a natureza toda. Por isso que, ao receber as cinzas, ouvimos do ministro as palavras: "Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar"; ou então: "Convertei-vos, e crede no Evangelho".
Frei José Ariovaldo da Silva

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Alguns lembretes para as equipes de liturgia e celebraçãos

1. A quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado. Caminho, porque é processo existencial, mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo - missionário. A oração, o jejum e a esmola ( caridade ) indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição.

2. O espaço litúrgico, despojado, sóbrio e "vazio", sem flores, por exemplo, ajuda-nos a esvaziar o coração para preenchê-lo com a Palavra, que é luz para nossos passos e que nos converte.

3. Se as imagens dos santos forem cobertas, não se cubra a Via Sacra, que deve, pelo contrário, ser valorizada neste tempo como instrumento de oração comunitária e pessoal.

4. Momentos de silêncio, principalmente entre as leituras e após a homilia, são importantes, assim como após a comunhão.

5. Um sinal permanente no espaço litúrgico, como um tecido roxo em forma de faixa na mesa da Palavra ou como detalhe na mesa eucarística (sem "tampar" ou esconder o altar ou o ambão), ajudará na experiência quaresmal.

6. Não colocar o cartaz da CF em frente do altar ou do ambão, mas em outro local, de preferência na entrada da igreja, bem visível para a comunidade.

7. A cruz, pela qual fomos marcado no Batismo, deve ser destacada. Ela lembra que somos discípulos e discípulas de Jesus, que superou o fracasso humano da cruz com amor que vence a morte.

8. As equipes de canto devem evitar o volume alto dos instrumentos e, quem sabe, neste tempo, descartar o uso da bateria, por exemplo. Pede-se sobriedade, ritmos mais lentos, que convidem os fiéis à oração e à introspecção, para explodir em alegria no aleluia pascal.

Uma Santa Quaresma a Todos!

Fonte: ABC Litúrgico

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A quaresma se inicia com a Quarta-feira de cinzas. Por que?

História da Quarta-feira de cinzas da Quaresma 

Com a Quarta-Feira de Cinzas, começa oficialmente o tempo da Quaresma e o Ciclo Pascal.

Quaresma, uma vez mais. Tempo forte na caminhada do ano eclesiástico. Convite e apelo para o silêncio, a prece, a conversão.

E quando se fala em quaresma, geralmente a gente tem uma idéia de uma coisa negativa, como antigamente.

Tempo de medo, de cachorro zangado, de mula sem cabeça e outras coisas mais.Para outros a quaresma parece superada pelo modernismo e é hoje apenas uma recordação negativa do passado ou um retrato na parede, simplesmente.

Penso, para nós cristãos é o tempo de conversão, de mudança de vida, de acolher com mais amor a misericórdia de Deus que nos quer perdoar.

E é também o tempo onde as comunidades se preparam para viver o mistério da páscoa. Isto é, tempo da hora de Jesus Cristo do seu seguimento em que ele caminha em direção da sua hora que é a entrega total da sua vida a Deus pelos homens, seus irmãos.A quaresma é para cada um de nós um tempo de oração e de conversão.

Tempo de crescer em comunhão com todos os homens, principalmente com os mais pobres e necessitados.

Eles nos lembram o rosto sofrido de Jesus e nos convidam a viver com mais fidelidade a caridade, o amor fraterno, que o Evangelho exige de nós.:

A quaresma se inicia com a Quarta-feira de cinzas. Por que?

A Bíblia nos conta que, certa vez, o general Holofernes, com um grande exército, marchou contra a cidade de Betúlia. O povo da cidade, aterrorizado, reuniu-se para rezar a Deus. E todos cobriram de cinzas as suas cabeças, pedindo o perdão e a misericórdia de Deus. E Deus salvou o povo pelas mãos de Judite. A cinza, por sua leveza, é figura das coisas que se acabam e desaparecem. É usada como um sinal de penitência e de luto. Nós a usamos hoje, neste Quarta-feira de cinzas, o primeiro dia da quaresma, reconhecendo que somos pecadores e pedindo perdão de Deus, desejosos de mudarmos de vida.

Quarta-feira de cinzas tempo de jejum e abstinêcia!

Certa vez, numa exposição de pinturas em Londres, um artista apresentou um quadro que ficou famoso. Quem olhasse para aquela pintura, à primeira vista tinha a impressão de estar vendo um homem piedoso em atitude de oração: ajoelhado, de mãos postas, cabeça baixa, possuído de grande paz interior. Aproximando-se, porém, da tela e vendo com mais atenção, percebia-se que a coisa era bem diferente: via-se um homem espremendo um limão num copo, tendo o rosto tomado de ira. O genial pintor quis retratar ali um homem hipócrita. De fato, olhando superficialmente, o hipócrita parece um homem piedoso. Mas é só aparência. Na realidade, até quando está rezando, está muitas vezes tramando alguma coisa contra alguém. O grande pecado do hipócrita é esse: Ele não serve a Deus. Pelo contrário: serve-se de Deus. É um falso santo. Tem mãos postas, a cabeça inclinada e olhar de piedade, mas não está orando. Ao contrário: está apenas tirando proveito da religião em benefício de seu egoísmo. Esse tipo de gente só faz mal à Igreja tanto é que, quando a televisão quer ridicularizar a religião, focaliza esses piedosos hipócritas. Mostra tais beatas rezando na igreja, com véu na cabeça, rosário na mão e olhares piedosos... Depois mostra os mesmos fazendo o contrário fora da Igreja.

Jesus era chamado de o bom mestre. Como de fato Ele o era. Perdoou a Maria Madalena, a pecadora, perdoou a Pedro que o traiu, perdoou o ladrão no alto da cruz, mas se existia uma classe de gente que ele não engolia eram os escribas e os fariseus. Para eles Jesus lançou as palavras mais duras: "Ai de vós escribas e fariseus hipócritas... vós pareceis com os sepulcros caiados , que é pintado por fora, mais lá dentro existe toda a espécie de podridão". Gostavam de se mostrar ao fazer o jejum, ao dar esmolas, pagar o dízimo, etc.O jejum, a esmola e a oração são expressões de nossa gratidão a Deus por tudo o que ele nos concede, por isso não há motivo para exaltar nossas ações caridosas perante os homens.

Pe. Lucas de Paula Almeida, CM
www.catequisar.com.br

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Liturgia de Nossa Vida

A liturgia deste domingo, dentre tantos aspectos, nos propõe que a vida cristã é uma caminhada permanente rumo a essa "coisa nova que já começa a aparecer" e que é o mundo novo da Humanidade Nova. É preciso, no entanto, que os que creem tenham coragem de deixar o seu pequeno mundo de instalação e de comodismo, para aceitar o desafio de Deus e ir mais além. Você deve se perguntar: O que é que, na minha vida, necessita de ser transformado? O que é que ainda me mantém alienado, prisioneiro e escravo? O que é que me  impede de imprimir, na minha vida, um novo dinamismo, de forma que o Novo se manifeste em mim?
A primeira leitura fala-nos de um Deus que, em todos os momentos da história, está ao lado do seu Povo, a fim de conduzi-lo ao encontro da liberdade e da vida verdadeira. Sugere, no entanto, que o Povo necessita de percorrer um caminho de conversão e de renovação, antes de poder acolher a salvação/libertação que Deus tem para oferecer.
O Evangelho retoma a mesma temática. Diz que, através de Jesus, Deus derrama sobre a Humanidade sofredora e prisioneira do pecado a sua bondade, a sua misericórdia, o seu amor.
Ao homem resta acolher o dom de Deus, ir ao encontro de Jesus e aderir a essa proposta libertadora que ele veio apresentar, com coerência, com verdade, com sinceridade no seu compromisso, sem recurso a subterfúgios ou às lógicas de oportunidade.
Cristo preocupou-se apenas com oferecer aos homens a verdade. Fiel ao projeto de salvação que o Pai lhe confiou, foi frontal, coerente, sincero verdadeiro. Ele morreu porque nos seus olhos brilhava a verdade. Paulo recorda-nos, também, que ser cristão é seguir a Cristo e percorrer, com Ele, esse caminho de coerência e de sinceridade.
Nos nossos dias, no entanto, estes valores não são apreciados. Certas figuras públicas ditam "as modas" e moldam a opinião pública e defendem que aquilo que hoje é verdade, amanhã é mentira. Reflita e se pergunte: qual tem sido o seu papel de cristão - de seguidor de Jesus - neste mundo?
Nós que cremos afirmamos repetidamente - nas nossas celebrações, nas nossas orações e cânticos - o nosso "sim" a Deus e ao seguimento de Jesus. A nossa vida diária, os nossos valores e atitudes, os nossos gestos e palavras estão coerentes com esse "sim"? Para Paulo e para a Igreja autenticamente de Cristo, a coerência e a sinceridade são valores absolutamente imprescindíveis para todo aquele que se dedica ao ministério apostólico. Se um animador da comunidade não leva uma vida coerente, sincera, sem mentira, está a desautorizar e a causar danos irreparáveis à proposta que anuncia. O Evangelho perde sua eficácia pela falta de verdade de quem o anuncia.
Neste ao de fé, que estamos vivenciando, que possamos resgatar aquilo que é de fato essencial em nossa vida cristã, olhando sempre para as primitivas comunidades, que acreditam, com a vida, que através de Jesus, Deus ofereceu a sua proposta libertadora a todos a humanidade e que Deus conta com o nosso testemunho autêntico e corajoso, que seja sinal de contradição em relação às contradições de morte e sofrimento, de paralisia que este mundo propõe. Vale pensar!
Vale buscar se converter, ainda é tempo! Que Cristo seja nossa força, que cure nossas paralisias e nos faça dar passos para  seu Reino! Amém!

Fonte: ABC Litúrgico

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Papa: 'Evangelho nos ensina a perdoar nossos inimigos'


Na catequese de ontem (15), o papa Bento XVI fez sua meditação sobre a oração de Jesus na Cruz, baseando sua análise no relato do Evangelho de São Lucas.


Bento XVI comentou que Jesus, no momento da morte, entrega-se totalmente às mãos de Deus-Pai.


“Jesus nos comunica a certeza de que por mais duras que sejam as provas, difíceis os problemas, árduo o sofrimento, não cairemos jamais fora das mãos de Deus”, afirmou o papa.


Segundo as palavras de Jesus, os homens que o crucificam não sabem o que fazem.


“Ao pedir ao Pai que perdoe seus algozes Jesus nos convida ao difícil gesto de rezar por aqueles que nos ofenderam ou prejudicaram sabendo perdoar sempre, a fim de que a luz de Deus possa iluminar seus corações. Isto é, Jesus nos exorta a viver, em nossas orações, a mesma atitude de misericórdia e de amor que Deus tem conosco”.


O Pontífice observou que a oração de Jesus diante da morte é dramática, assim como o é para todo homem, mas é permeada pela calma profunda que nasce da confiança no Pai e no desejo de se abandonar totalmente a Ele.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Liturgia Eucarística parte II

O memorial eucarístico faz Cristo presente e, com ele, sua vida, morte e ressurreição; a manifestação no Espírito, a Parúsia ( retorno de Cristo no fim dos tempos ), porque no mistério pascal de Cristo o tempo se eternizou. Por sua vez, pela ação do Espírito Santo, a eternidade entra no tempo e Cristo se torna presente em cada Cristão e na comunidade toda. Não meramente presente diante dos fiéis para ser adorado, mas presente em cada um, transformando-o pela comunhão em seu corpo eclesial.
A eucaristia, por ser memorial, é a epifania, manifestação da eternidade no tempo. Ao celebrar a eucaristia, os cristãos estão - pode-se dizer - já na eternidade, embora sob as condições da temporalidade, ou seja, a celebração é a temporalidade da eternidade e, consequentemente, a eternalização do tempo. Poder-se-ia dizer que o tempo sacramental irrompe no tempo cronológico, qualificando-se como tempo redimido. A Liturgia não é repetição do passado; mas, sendo representação do evento fundador, a cada vez que é celebrado a comunidade realiza um passo ulterior na caminhada rumo à definitividade da união plena com o Senhor, no corpo eclesial escatológico.
A Liturgia Eucarística hodierna da Igreja Católica segue o seguinte esquema: a) preparação das oferendas ( dons ); b) Oração Eucarística ( ação de graças, bênção da mesa, anáfora ); c) ritos de comunhão. Em termos dinâmicos, trata-se primeiramente de trazer, preparar e oferecer ( oferendas ); em seguida, dar graças ( eucaristizar/consagrar ); e, finalmente, repartir, comer e beber juntos, como povo unido numa só fé e num só amor ( comungar comunitariamente ).
Infelizmente, por ser pouco compreendida em sua preciosa estrutura e ainda mais em seu precioso conteúdo, a Oração Eucarística é rezada muitas vezes com pressa, sem convicção e sem alegria por parte do presbítero; atitude que não suscita gratidão e jubiloso aquecimento do coração do povo... Isso faz com que as pessoas sejam levadas  a achar que o momento mais apropriado para agradecer a Deus seja só após a comunhão, e não durante toda a preciosa e cativante dinâmica celebrativa da Eucaristia.

Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE. Guilhermo Micheletti




"Quem deseja aprofundar seu conhecimento sobre a celebração eucarística encontrará nesta obra explicações fundamentais sobre os ritos, os gestos, os cânticos, as orações, e tantos outros elementos que constituem a missa. Neste livro, você vai descobrir que cada um de nós somos celebrantes e protagonistas desse ritual cristão. O autor usa uma linguagem acessível e didática para explicar com detalhes as partes da missa, em especial, as liturgias da Palavra e da Eucaristia.’’

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Liturgia Eucarística parte I

Porque Liturgia Eucarística ( LE )?

Dar graças, entregando a vida com Cristo ao Pai, é o que se realiza na grande e solene prece da Aliança judaica que os cristãos exprimem como Oração Eucarística, enraizada nas bênçãos de alimentos. Dar graças e bendizer são dois verbos sinônimos; guardam o mesmo significado e indicam o que os judeus chamam de berâkâh, no hebraico, e que no Novo Testamento é chamado Eucaristia ( do grego uecharistia; eu: bom, bem; charis: graça, dom, favor ), como se dissesse: " Quão belo, quão bom é o presente que ofereces!"
De geração em geração, cada cristão é obrigado a ver-se a si próprio - com os olhos penetrantes da fé - como tendo estado lá no Calvário, na primeira Sexta-feira Santa e diante do túmulo vazio, na manhã da ressurreição. Pois não só os primeiros irmãos e irmãs cristãos estavam lá, mas também todos os cristãos que, ao longo dos tempos, reúne-se para celebrar a Eucarístia, estavam lá com eles, prestes a morrer na morte de Cristo e a ressurgir em sua ressurreição.
Nos sinais de pão e vinho deixados por Jesus, seus discípulos se tornam hoje salvificante contemporânios dos eventos redentores da morte e ressurreição do Senhor. Em mistério ou sacramento, único e irrepetível, que trouxe a redenção para todos. Por esse pão e esse vinho, sobre os quais se pronunciou a ação de graças do memorial e para os quais se suplicou a vinda do Espírito Santo, somos realmente transportado pela fé aos eventos fundadores que tornam os homens e mulheres participantes deles. Assim como Jesus, ao ser glorificado, levou o tempo para a eternidade, também a presença do Ressuscitado, suscitada pelo memorial, traz para o tempo a eternidade.
Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE.Guilhermo Micheletti

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Liturgia da Palavra - parte III

Deus fala também nas Sagradas Escrituras (cf. SC 7). Palavra, canto, silêncio e gestos constituem as ações simbólicas do Rito da Palavra que têm na proclamação do Evangelho seu ponto alto. Por meio de quem preside, da pessoa que faz a homilia ( homiliasta ), Deus vai desvendando, dando um novo olhar sobre a vida, ajudando a interpretar a realidade, levando os cristãos a interpretar e a aderir com renovado ardor à boa nova do Reino.
Deus fala também por meio das ações corporais dos ministros e ministras: gestos, tom de voz, postura e atitudes diante da mesa da Palavra, do livro, de sua maneira de olhar e se dirigir à assembleia. A humildade, a convicção e o compromisso do ouvinte da Palavra possibilitam uma eficaz comunicação de Deus com seu povo reunido.
Assim, fica claro que a finalidade da LP é reavivar o diálogo da aliança entre Deus e seu povo, receber luminosas orientações para a vida e estreitar entre seus membros laços de amor e fidelidade. Nesse diálogo, a atitude do cristão é de escuta atenta e amorosa, para que Deus possa falar dentro da realidade bem concreta da vida. E também de respostas, de acolhimento sincero, de adesão consciente, de decisão convicta e de conversão, para que a Palavra possa dar frutos duradouros.
Assim, toda a LP torna-se um diálogo amoroso e comprometedor entre Deus e seu povo, animado pelo Espírito Santo. O Filho de Deus, Palavra viva do Pai, o próprio Cristo, se torna carne em cada cristão para continuar sua ação salvadora entregando sua vida para a transformação do mundo.
É importante salientar a ligação das duas mesas: a mesa da Palavra  e a mesa da Eucaristia. Na verdade, são dois momentos em um só encontro vivo, vital e celebrativo. Os dois momentos ajudam os cristãos a viver um único encontro com a mesma pessoa: Jesus Cristo. Como aos discípulos de Emaús, primeiro fala, conversa sobre a vida á luz da Sagrada Escritura e depois preside a Fração do Pão na Liturgia Eucarística.. Sendo que a palavra de Deus é sempre acontecimento, ação concreta em favor da vida, da libertação, da salvação de seu povo, é celebrada  festejada constituindo um só ato de culto com o Rito Eucarístico.
Catequese Litúrgica - A missa explicada
Pe. Guilhermo Micheletti

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Liturgia da Palavra - parte II

A palavra de Deus entra pelo ouvido e desce até aquecer o coração. É uma espada iluminada que separa as trevas da verdade. Nas leituras bíblicas explicadas pela homilia, Deus fala a seu povo manifestando-lhe um frutuoso alimento espiritual. O mesmo Cristo Jesus se faz presente na comunidade por meio de sua Palavra. Assim, a Palavra de Jesus ressoa nos corações e os vivifica á luz do Evangelho. Na homilia, na pessoa e nas palavras do presbítero, Jesus anuncia seu projeto de amor e confirma seus ensinamentos, que chegaram íntegros até hoje pela ousadia missionária dos apóstolos.
Deus fala ao povo primeiramente nos acontecimentos, onde se realiza sua Páscoa-vida. Agradecido, o povo celebra reconhecendo neles sua ação amorosa. A vida, portanto, deve ser o primeiro livro a ser lido, esclarecido e interpretado nas celebrações.
A Palavra na Liturgia, como a própria comunidade que se reúne, é em primeiro lugar sacramento de Deus e de seu mistério. A palavra sacramento traduz o termo grego mistério e assume, no vocabulário teológico cristão primitivo, o sentido de um sinal que nos faz crescer interiormente e penetrar em uma realidade maior. Como diz Hebreus 4,12:

Porque a palavra de Deus é viva e penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.

Fonte:Catequese Litúrgica - A missa explicada
Pe. Guilhermo Micheletti

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Liturgia da Palavra - parte I

Por que Liturgia da Palavra (LP)?

Deus reúne seu povo em assembleia para dialogar e lhe comunicar seus mistérios e segredos de vida e amor; a boa notícia que o faz 

viver livre, fraterno e feliz.
A palavra de Deus impregna, perpassa e semeia todas as celebrações da Igreja. Se algum dia, por absurda hipótese, fosse retirado tudo o que é Palavra de Deus das celebrações, não restaria muita coisa. Essencialmente as celebrações litúrgicas estão impregnadas da Palavra de Deus, e não poderia ser de outra maneira, pois justamente as celebrações alimentam permanentemente a fé das comunidades. De domingo a domingo, o povo é alimentado pelo Senhor com o pão da Palavra, a qual revela seus mistérios e comunica sua força transformadora.
A Palavra de Deus na liturgia está presente como elemento explícito, isto é, toda celebração comporta algum tipo de proclamação da Palavra. Dela se extraem textos para leitura , a explicação da homilia e os salmos para cantar. De seu espírito e de sua inspiração nascem orações, preces e hinos litúrgicos; dela os sinais e ações tiram seus significados ( por exemplo, olhando o círio pascal, lembramos do Apocalipse 21,6; as flores, do Cântico 1,14). A Palavra transforma, enche de vida a comunidade e a recria com força renovada. A Palavra articulada com Rito Eucarístico ( parte sacramental da missa) realiza uma unidade perfeita, em que o mistério anunciado se faz presença e atuação nos dons apresentados, na ação de graças sobre esses mesmos dons, no gesto de partir o pão e nos dons santificados para serem distribuídos e comidos . Assim a Palavra, que numa mesa é anunciada, noutra se faz corpo na comunhão dos fiéis.
Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
Pe. Guilherme Micheletti

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Incensar


O incenso é uma resina e essência vegetal aromática, originária de uma planta da Arábia. Em combustão, essa resina exala odor forte e agradável. A fumaça produzida sobe mais alto que o fogo e simboliza a oração que se eleva na direção do Deus Altíssimo: "Que minha oração suba até vós como a fumaça do incenso!" ( Salmo 140,2a). Nas celebrações litúrgicas,serve para criar uma particular atmosfera de oferenda e oblação. A este respeito é bonito lembrar que um dos magos ofereceu incenso a Jesus, reconhecendo-o assim como Rei Salvador esperado pelas nações (cf. Mateus 2,11). Incensar é reconhecer a dignidade das pessoas reunidas em assembleia para o louvor a Deus. Atualmente seu uso é facultativo.
Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE. Guilhermo Micheletti

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Aspergir com água benta

Aspergir provêm do latim ad-spergere: espalhar, orvalhar. Trata-se de um rito que consiste em derramar água benta sobre os fiéis (ou sobre alguns objetos) para abençoá-los e purificá-los; em outras ocasiões, para dedicar igrejas e consagrar altares, e também logo após o Ato Penitencial, no sentido de purificação dos pecados. Na noite da Vigília Pascal, como parte da liturgia batismal, a água é abençoada para que, depois da renovação das promessas do Batismo e da profissão de fé, a assembleia seja aspergida com a água pura que jorra do Crucificado/Ressuscitado.
Particularmente durante o Tempo Pascal, pode-se fazer a aspersão batismal no inicio da celebração eucarística, ou no momento do Ato Penitencial, para significar que, pela ressurreição de Jesus, toda a criação foi lavada e purificada de todo pecado, por isso, de ora em diante, cada cristão viverá como filho e filha da ressurreição. Este gesto pode ser realizado também no inicio de todas as celebrações eucarística dominicais.

Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE. Guilhermo Micheletti

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Levantar os olhos

O homem é chamado a contemplar a Deus face a face, e a liturgia é antegozo dessa contemplação. Jesus externava essa experiência em momentos solenes de intensa expressão religiosa, quando estava em íntima comunhão com o Pai ( Mateus 14,19; Marcos 6,41; Lucas 9,16.29-31; João 17,1). Gesto que ocorre na Oração Eucarística I, na apresentação das oferendas, na oração, especialmente do Pai-Nosso, e também em variadas súplicas litúrgicas e pessoais.

Aplaudir

O aplauso expressa alegria, reconhecimento e honra; signo caloroso e entusiasta de aprovação. Atualmente é usado nas celebrações festivas. Aplaude-se nos batizados, nas crismas, quando se celebra a Primeira Comunhão, nos casamentos, quando alguns vocacionados á vida religiosa consagram a vida a serviço do Reino, e inclusive em algumas ocasiões de exéquias de algum irmão ou irmã.

Fonte Catequese Litúrgica - A missa explicada
Pe. Guilhermo Micheletti

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ajoelhar-se

Ajoelhar-se é atitude de pecador,  mais individual do que comunitária,  diante de infinita santidade de Deus. Manifesta a indignidade e a miséria de ser humano perante a grandeza do Senhor. A genuflexão individual é expressão manifesta de adoração a Deus. Ajoelhar-se quer dizer: sou pequeno, sou fraco e limitado. Quando se percebe claramente até que ponto se é pequenino diante do Deus puro e santo, brota espontaneamente a vontade de se abaixar, de encolher toda a figura, para que não se erga a natural arrogância. O coração diz em sua interioridade: " Meu Senhor, vós sois o Deus excelso, ao passo que eu sou pequeno, pouca coisa". Portanto, quando se dobra o joelho,não seja este gesto apressado, vazio e maquinal; deve-se inclinar também o coração, com uma profunda reverência. Esta só pode ser demonstrada a Deus, porque só ele é digno de ser adorado. Esse gesto revela humildade e verdade. A cada vez que é praticado, proporcionada grande bem para a alma.
Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE.Guilhermo Micheletti

Bater no peito

Realiza-se o gesto de bater no peito quando se celebra o Ato Penitencial para simbolizar conversão, penitência, reconhecimento de que os cristãos são pequenos, fracos e pecadores perante a inesgotável misericórdia de Deus.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Genuflexão e inclinação de cabeça

A genuflexão, isto é, dobrar as pernas colocando o joelho direito no chão, indica humilde submissão a outrem. Pode-se fazer genuflexão na frente do Santíssimo, do Evangelho e, em certas ocasiões, na frente da cruz.
O equivalente é a inclinação da abeça e do corpo, gestos usuais na Liturgia oriental. Inclina-se a cabeça quando é mencionado, nas celebrações, o nome de Jesus, de Maria e do santo do dia ( ou do padroeiro). Inclina-se o corpo ao entrar no recinto sagrado, na frente do altar, diante do ícone de Cristo, da Mãe de Deus, em frente ás sagradas espécies, bem como antes da Comunhão e na frente da estante das leituras, no momento da proclamação do Evangelho.

Fonte: Catequese Litúrgica - A missa explicada
PE. Guilherme Micheletti