sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

17 fevereiro 2013 – 1º Domingo da Quaresma

Evangelho: (Lc 4, 1-13)
Cheio do Espírito Santo, Jesus voltou do rio Jordão e foi levado pelo Espírito para o deserto, onde foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada nestes dias e, terminado esse tempo, teve fome. O diabo, então, lhe disse: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. Jesus lhe respondeu: “Está escrito: Não é só de pão que vive o ser humano”. Levando-o para o alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do mundo e disse: “Eu te darei o poder e a glória de todos estes reinos, porque a mim foram confiados e eu dou a quem quiser. Se te prostrares, pois, diante de mim, tudo será teu”. Jesus lhe respondeu: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”. O diabo o levou ainda para Jerusalém, colocou-o no ponto mais alto do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo, porque está escrito: A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem. E ainda: Eles te carregarão nas mãos para não tropeçares em alguma pedra”. Em resposta Jesus disse: “Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”. E tendo terminado toda espécie de tentação, o diabo se afastou dele até o momento oportuno.
COMENTÁRIO
Mais uma vez estamos juntos para meditar a Palavra que é Vida, neste primeiro domingo da quaresma. Teremos quarenta dias para meditar os mistérios da nossa fé. Quaresma é tempo de jejum, penitência, oração e, acima de tudo, tempo de conversão.
Estamos iniciando também a Campanha da Fraternidade/2013, toda voltada para nossos jovens, cujo tema neste ano é:Fraternidade e Juventude, e tem como lema: Eis-me aqui, envia-me!  (Is 6,8)
O grande objetivo dessa campanha é propiciar aos nossos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e agente transformador da sociedade, para a elaboração de seu projeto pessoal de vida, distante das tentações do maligno.
No Evangelho de hoje vemos que poder e glória são oferecidos para quem se prostrar diante do maligno e adorá-lo. Ninguém está livre da tentação. Jesus também foi procurado e tentado pelo demônio. O mundo inteiro foi-lhe oferecido. Bastaria prostrar-se e adorá-lo, mas Jesus não se deixou levar pela tentação e respondeu à tentação: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”.
Diante da derrota que conheceu frente a Jesus, o demônio voltou-se para o lado mais fraco. O alvo agora somos nós. Cuidado jovem, pois ele não mudou de idéia e sua proposta ainda está de pé. O demônio continua mais presente do que nunca, oferecendo milhares de vantagens para quem segui-lo.
O príncipe do mal não vai desistir nunca, seu único desejo é arrastar-nos para o seu reino. E, pelo jeito, analisando o mundo em que vivemos, com tanta ambição, concentração de riquezas e corrupção, parece que o demônio está conseguindo atingir seu objetivo.
Só existe uma arma capaz de aniquilar esse inimigo, é a mesma que Jesus usou e chama-se oração. Jesus permaneceu no deserto quarenta dias e quarenta noites orando e jejuando. Seu único alimento durante esse período foi a oração. Nela encontrou forças para superar o apetite e as tentações.
Na Bíblia, o número quarenta e a palavra deserto, são simbólicos. Quarenta significa muito tempo, assim como os quarenta anos de escravidão no Egito. No deserto, caminhando para a terra prometida, o povo judeu foi testado, foi posto a prova em sua fé. Deserto significa estar isolado, sozinho, recolhido em oração.
Jesus esteve durante quarenta dias, a sós, em profunda comunhão com Deus. No deserto foi tentado a transformar as pedras em pão e usar seu poder em proveito próprio; passou pela tentação da vaidade, de atirar-se do alto do templo e ainda pela tentação de arrogância e orgulho, de apossar-se de todos os reinos do mundo. Todas essas tentações Jesus superou graças à oração.
Quem conhece a Palavra de Deus e vive a oração, jamais se desvia do caminho certo. A oração complementada pela ação, por gestos concretos, com obras, abre os olhos e nos faz entender o Plano de Amor de Deus Pai. As obras nos levam à conversão. E o coração convertido encontra na Eucaristia a força necessária para viver a fé e vencer toda e qualquer tentação.

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